“Já faz algum tempo que a cozinha deixou os espaços de serviço para se integrar à área social das residências. Ela perdeu paredes e passou a ser planejada de forma a estimular o contato entre convidados e o cozinheiro, quase sempre o anfitrião em pessoa, que além de cozinhar e degustar uma boa comida e assistir à TV, ouve música e reúne os amigos”, conta o arquiteto José Paulo Renci, mais conhecido como Zepa, que está há 22 anos na área de arquitetura e interiores.
Zepa diz que, atualmente, um dos maiores desejos de seus clientes é que no espaço da cozinha seja possível planejar uma ilha (espaço central). “Ter uma ilha central na cozinha pede espaços maiores e muita animação. Afinal, é uma ótima solução para quem gosta de receber os amigos e preparar a refeição junto deles.”
De acordo com o arquiteto, um cozinha deve ser planejada como uma linha de montagem, contendo as áreas de armazenamento, limpeza, preparação e cocção dos alimentos. “A disposição das áreas pode ser em linha, em paralelo, em U, em ilha ou em península. Para evitar a ineficiência e o gasto de energia, deve-se considerar a rotina de tarefas. O ideal é a pia e o fogão ficarem na mesma parede e a geladeira na parede oposta, formando a triangulação entre as principais funções da cozinha. O cooktop pode ser disposto em um balcão e substituir o fogão. Dessa maneira racionalizam o espaço, uma vez que na parte de baixo é possível incluir um gaveteiro. Nesse caso, o forno vai para um módulo de parede”, orienta.
Ainda segundo Zepa, também é importante deixar espaços livres para o apoio, adotando bancadas retilíneas e tão grandes quanto forem possíveis. “Em cozinhas elas nunca são desperdício”. E garante que “uma cozinha bem planejada facilita a etapa final, que é a de limpar e guardar os utensílios domésticos utilizados, mantendo a ordem do local”.
Fonte: Arraso – setembro/2010